Translate

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013


Com Brasil na lista, Greenpeace lista os 14 maiores "vilões do clima"



Relatório aponta grandes ameaças ao clima que devem ser evitadas, segundo o Greenpeace  Foto: Greenpeace / Reprodução

Relatório lançado nesta terça-feira pelo Greenpeace lista os 14 maiores projetos de energias "sujas" planejados para as próximas décadas. Os projetos envolvem, principalmente, exploração de combustíveis fósseis como petróleo, carvão e gás – maiores responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa. O Brasil aparece na nona colocação com a exploração do pré-sal, óleo descoberto nas camadas profundas do oceano e que irá contribuir com a emissão de 330 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2020, de acordo com a organização.
Entre os projetos listados no relatório "Point of no Return" ("Caminho sem Volta", em tradução livre) estão a expansão da exploração de carvão na China; o aumento das exportações de carvão da Austrália, Estados Unidos e Indonésia; e a exploração de petróleo nas areias betuminosas do Canadá, no Ártico, no Iraque, no Golfo do México e no Cazaquistão. Além disso, também consta na lista a produção de gás natural na África e no Mar Cáspio.
De acordo com o estudo, esses novos projetos irão acrescentar um total de 300 bilhões de toneladas de novas emissões de CO2 equivalente para a atmosfera até 2050, a partir da extração, produção e queima de 49 bilhões de toneladas de carvão, 29 trilhões de metros cúbicos de gás natural e 260 bilhões de barris de petróleo.
O relatório (em inglês) pode ser acessado através deste link.
Confira os 14 maiores "vilões do clima", segundo o Greenpeace:
1º - Expansão de mineração de carvão (China)
2º - Expansão da exportação de carvão (Austrália)
3º - Exploração de óleo e gás (Ártico)
4º - Expansão da exportação de carvão (Indonésia)
5º - Exploração de petróleo em areias betuminosas (Canadá)
6º - Expansão da exportação de carvão (Estados Unidos)
7º - Exploração de petróleo (Iraque)
8º - Exploração em águas profundas (Golfo do México)
9º - Exploração em águas profundas (Brasil)
10º - Exploração de petróleo (Cazaquistão)
11º - Exploração de gás de xisto (Estados Unidos)
12º - Exploração de gás (África)
13º - Exploração de gás (Mar Cáspio)
14º - Exploração de petróleo em areias betuminosas (Venezuela)

Efeitos climáticos mataram até 17% mais árvores na Amazônia   


Imagem divulgada pela Nasa mostra os efeitos da seca de 2005, vistos até hoje na Floresta Amazônica Foto:  / Nasa

Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em parceria com o Laboratório Nacional de Berkeley, dos Estados Unidos, aponta que de 9% a 16,9% da mortalidade de árvores na Amazônia é omitiva em análises convencionais, baseadas apenas em inventários florestais. Segundo o estudo, as árvores mortas em decorrência de tempestades, secas e outros efeitos climáticos não são devidamente contabilizadas nas análises comuns.
Liderada pelo pesquisador americano Jeffrey Chambers, a pesquisa foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). De acordo com o Inpa, os cientistas analisaram uma área de 1,5 mil quilômetros quadrados nas proximidades de Manaus (AM), combinadas com imagens de satélite de uma série histórica de 20 anos de trabalho em campo.
"Para entender o papel da floresta amazônica nas trocas gasosas entre biosfera e atmosfera, as informações precisam ter escala espacial e temporal e não há como entender este papel sem a combinação de trabalhos de campo e sensoriamento remoto", diz a pesquisa.
Para o pesquisador do Inpa Niro Higuchi, os reusltados do estudo mostram que a região precisa se preparar para possíveis mudanças no ambiente. "Diante das mudanças climáticas globais, a Amazônia tem que se preparar para as devidas adaptações. Para isto, é preciso dimensionar as vulnerabilidades da região, quando submetida a eventos catastróficos como tempestades severas e secas prolongadas, além das intervenções antropogênicas (humanas)", afirmou.
Ainda segundo os autores do artigo, "como é bem provável que as mudanças climáticas pretéritas continuem causando tempestades e secas cada vez mais intensas no presente e no futuro, o entendimento dos seus efeitos sobre as florestas tropicais se torna imprescindível".

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


21 casas sustentáveis impressionantes


Falando sério: entre estoques cada vez menores e guerras por petróleo, a dependência de combustível fóssil é oficialmente um mau negócio. No futuro, com estes recursos cada vez mais escassos, nós teremos que dar um jeito de viver de maneira mais harmoniosa com a Mãe Terra. Aqui estão 21 casas que já estão fazendo isso: usando energia solar, eólica e geotérmica.

Earthship em Taos County, Novo México, EUA

01 Earthship in Taos County, New Mexico, US
Foto: Kayla Sawyer

Casa de telhado vivo em Ithaca, Nova Iorque

02 House with living roof in Ithaca, NY

Para Eco-House, Universidade de Tongji, Xangai, China

03 Para Eco-House, Tongji University, Shanghai, China
Foto: SDEurope

Uma casa sustentável no Desfiladeiro do Rio Grande, próximo a Taos, Novo México

04 An off-the-grid house just beyond the Rio Grande Gorge near Taos, New Mexico
Foto: Tolka Rover

Casa ecológica na Islândia

05 Icelandic eco house
Foto: sigkyrre

Casa ecológica com emissão-zero em Potton, Reino Unido

06 Zero-emission eco house designed by Potton, UK
Foto: Mike Hales

Greenwich Millennium Eco-Village, Londres

07 Greenwich Millennium Eco-Village, London

La Puerta del Sol, no Bairro San Nicolas, México

08 La Puerta del Sol in Barrio San Nicolas, Mexico

Eco-house tubular de Richard Carbonnier, em Pond Inlet, Ilha de Baffin, Nunavut, Canadá

09 Richard Carbonnier's tubular eco-house in Pond Inlet, Baffin Island, Nunavut, Canada

Casa ecológica em Woubrigge, Holanda

10 Eco-home in Woubrigge, Netherlands

Casa ecológica no DC Festival, Washington, DC, 2005

11 Eco house at the DC Festival, Washington, DC, 2005
Foto: John Bointon

EcoHome projetada por Will Collins. Eco Village Currumbin, Tallebudgera, Austrália

12 EcoHome designed by Will Collins. Eco Village Currumbin, Tallebudgera, Australia

Casa ecológica no Parque Jean Drapeau, Montreal, Canadá

13 Eco house, Parc Jean Drapeau, Montreal

Outra casa ecológica no Parque Jean Drapeau, Montreal, Canadá

14 Another eco house at Parc Jean Drapeau, Montreal

Casa ecológica da BASF, Green Close, University Park, Nottingham, Reino Unido

15 BASF eco house, Green Close, University Park, Nottingham, UK

Brighton Earthship, Brighton, East Sussex, Reino Unido

16 The Brighton Earthship, Brighton, East Sussex, UK


“Effizienzhaus Plus”, Berlim, Alemanha

Merkel Inaugurates Energy-Efficient House
Foto: Sean Gallup/Getty Images

Protótipo de casa ecológica feito pela SCI-Arc/Caltech no Solar Decathlon 2011, Washington DC

18 Eco house prototype by SCI-Arc Caltech at the Solar Decathlon 2011, Washington DC

Criação do Team Florida no Solar Decathlon 2011, Washington DC

19 Creation of Team Florida at the Solar Decathlon 2011, Washington DC

Casa de Parsons NS Stevens no Solar Decathlon 2011, Washington DC

20 Parsons NS Stevens' house at the Solar Decathlon 2011, Washington DC

A FabLab House, casa alimentada por energia solar, conceito do Instituto de Arquitectura Avanzada de Catalunya

Universities Comptete In Solar Powered House Competition
Foto: Denis Doyle/Getty Images

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Imagem de satélite mostra poluição extrema sobre a China



As áreas brancas representam as nuvens, enquanto a fumaça aparece em tom acinzentado cobrindo o território Foto:  / NOAA/Divulgação
As áreas brancas representam as nuvens, enquanto a fumaça aparece em tom acinzentado cobrindo o território


A forte poluição que afeta a China nos últimos dias, considerada como a pior da história do País, pode ser vista do espaço. Imagem feita no último sábado por um satélite lançado pela Nasa em parceria com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) evidencia a situação enfrentada pela população local.
Na foto, que mostra a região leste do País, as áreas brancas representam as nuvens naturais, enquanto a fumaça e outros poluentes aparecem em tom acinzentado, cobrindo o território.
Em algumas regiões de Pequim, o nível de poluição no sábado atingiu 993 microgramas por metro cúbico, bem acima dos 25 microgramas que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera aceitável. Apesar de ainda estar acima do recomendado, a situação já estava melhor na terça-feira, quando o índice alcançou 120 microgramas.
A forte contaminação do ar desde a sexta-feira passada multiplicou os casos de problemas cardíacos e respiratórios nos hospitais e desencadeou uma onda de vendas de máscaras e máquinas para filtragem do ar no País.
A segunda maior economia mundial se descuidou durante décadas do meio ambiente em prol de um rápido desenvolvimento industrial, o que produziu uma grave degradação de sua atmosfera, de seus rios e lagos. Segundo o Greenpeace, apenas em 2012 a contaminação do ar causou 8,5 mil mortes prematuras em Pequim, Xangai, Cantão e Xian.

Preservação da biodiversidade reúne mais de 100 países na Alemanha



Cientistas e negociadores de mais de 100 países estão reunidos em Bonn, na Alemanha, definindo ações para ajudar na preservação da biodiversidade do mundo e evitar a extinção de espécies da fauna e flora mundial sob ameaça de desaparecimento. Estes são alguns dos temas prioritários da Plataforma Intergovernamental de Ciência e Política sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês) e as discussões em Bonn marcam o primeiro encontro do órgão, criado em abril de 2011, mas que ainda não tinha dirigentes e cronograma de ações definidos.
Desde ontem, o grupo tenta chegar a acordos sobre as regras de funcionamento da plataforma. O objetivo é que a IPBES seja um órgão de consultoria, com uma base de dados, conhecimentos técnicos e informações que podem contribuir para os debates globais em torno de questões relacionadas a convenções das Nações Unidas como as que tratam de biodiversidade, de zonas úmidas, do Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites) e da Conservação de Espécies Migratórias Selvagens.
Os representantes do governo brasileiro que estão na Alemanha querem que, até o próximo dia 26, último dia do encontro, os negociadores estabeleçam definições práticas, como a estrutura de funcionamento da plataforma. A expectativa do Brasil é que sejam criadas estruturas regionais. A delegação do Brasil também quer voltar com a definição da composição do grupo e sobre como deverão ser encaminhados os pedidos das nações para a avaliação da IPBES.
De acordo com a proposta assinada por representantes dos 94 países há dois anos, no Panamá, a plataforma será um espaço de troca de informações e discussões entre a comunidade científica e os tomadores de decisão em relação aos temas prioritários para o grupo. A IPBES será administrada, em conjunto, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Além de estabelecer uma agenda de compromissos da IPBES, os negociadores e cientistas também vão eleger, até o dia 26, os integrantes da mesa diretora que vão conduzir os debates e os próximos passos do grupo.

Geleiras dos Andes derretem a ritmo mais rápido em 300 anos
As geleiras na região dos Andes sofreram uma redução média de 30% a 50% desde a década de 70 e estão diminuindo ao ritmo mais rápido nos últimos 300 anos, afirma um estudo divulgado na revista especializada Cryosphere. Realizada pelo Laboratório de Glaciologoia e Geofísica Ambiental de Grenoble, na França, a pesquisa estudou dados de cerca de metade das geleiras da região andina, que fornecem toneladas de água para milhões de pessoas na América do Sul.
Segundo a pesquisa, o derretimento se deve a um aumento médio de temperatura de cerca de 0,7º C entre 1950 e 1994. De acordo com a pesquisa, o degelo está ocorrendo em toda a região tropical dos Andes, mas tem sido mais acentuado nas pequenas geleiras situadas a baixas altitudes.
Geleiras situadas abaixo de 5,4 mil metros perderam cerca de 1,35 metros de espessura de gelo por ano desde a década de 70, o dobro do índice das situadas a altitudes mais elevadas.
Escassez de água
''Como a espessura destas geleiras de baixa altitude raramente supera 40 metros, com tamanha perda anual elas provavelmente irão desaparecer por completo nas próximas décadas'', afirma Antoine Rabatel, do instituto francês responsável pelo estudo. Os pesquisadores disseram ter havido pouca mudança no que diz respeito à quantidade de chuva na região ao longo das últimas décadas e que, portanto, isso não poderia estar por trás na redução das geleiras.
Se não ocorrerem mudanças na regularidade das chuvas na região, a região poderá enfrentar escassez de águas no futuro, afirmaram os cientistas. O vale do Rio Santa, no Peru, poderá ser o mais afetado; centenas de milhares de habitantes se valem das águas glaciais para o uso na agricultura, para o consumo doméstico e para a energia hídrica.
Grandes cidades, como La Paz, na Bolívia, também poderão enfrentar problemas. "Geleiras respondem por até 15% do abastecimento de água de La Paz ao longo do ano. E na temporada seca, essa proporção sobre para 27%'', afirma Álvaro Soruco, do Instituto de Investigações Geológicas e Ambientais da Bolívia.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) tem apontado para a importância das geleiras de montanhas como sensíveis indicadores da ocorrência de mudanças climáticas.
Em todo o mundo, as geleiras têm recuado desde o início do século 20, com poucas exceções. As geleiras do Himalaia que ainda são relativamente pouco estudadas estariam, segundo indícios, acumulando massa, em vez de estarem sofrendo degelo. Cientistas afirmam que a geleira de Chacaltaya, na Bolívia, que costumava contar com a mais elevada pista de esqui do mundo, já quase desapareceu.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013



Após degelo no Ártico, Antártica tem 




congelamento recorde, diz instituto



Centro informa que gelo na área atingiu 19,44 milhões de km² em 2012.
Fenômenos no Ártico e na Antártica têm razões diferentes, dizem cientistas.


Cerca de um mês após o anúncio do 
maior derretimento de gelo já registrado no Ártico, o Centro Nacional de Informações de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês) liberou dados que mostram que a cobertura congelada na região da Antártica bateu recorde neste ano com relação aos anos anteriores.

Segundo o NSIDC, o congelamento nos mares e arredores da Antártica atingiu 19,44 milhões de km² em 2012, mais do que o último recorde, de 19,39 milhões de km² em 2006. Cientistas afirmam que a extensão máxima de gelo na Antártica varia muito de ano a ano, mas dizem ter identificado uma tendência de crescimento de 0,9% no congelamento a cada década.
Mapa mostra gelo ao redor da Antártica em 26 de setembro, dia de maior congelamento; traço amarelo mostra extensão média registrada de gelo (Foto: Divulgação/Nasa/NSIDC)Mapa mostra congelamento ao redor da Antártica em 26 de setembro, dia de maior gelo; o traço amarelo mostra a extensão média de gelo registrado entre 1979 e 2000 na região (Foto: Divulgação/Nasa/NSIDC)
As informações foram divulgadas pela agência espacial americana (Nasa) na última semana, e o recorde de congelamento foi registrado no dia 26 de setembro. Cientistas da agência que estudaram os dados dizem ter calculado um aumento anual de gelo na Antártica de 17,1 mil km² aproximadamente, entre 1979 e 2010.

Para os pesquisadores, os fenômenos na Antártica e no Ártico tem razões diferentes. Enquanto o crescimento de gelo antártico pode estar vinculado "aos ventos, à queda de neve e ao frio", o derretimento no Ártico "está mais claramente ligado ao aquecimento climático registrado ao longo das décadas".
Algumas regiões da Antártica tiveram congelamento maior, enquanto outras perderam gelo, dizem os cientistas. Eles apontam não haver relação direta entre o ocorrido na Antártica e o derretimento no Ártico.
Processos diferentes
Segundo os cientistas, "tratam-se de dois processos diferentes", um ocorrendo no verão (no caso do Ártico) e outro no inverno (no caso da Antártica). Não há, também, evidências de que o fenômeno significaria que não esteja havendo aquecimento global.
Em entrevista ao blog "Earth Observatory", da Nasa, a cientista Claire Parkinson, especialista em congelamento oceânico, disse que "a magnitude de perda de gelo no Ártico excede consideravelmente a magnitude do gelo ganho na Antártica".
"Os dois hemisférios tem muita variabilidade [de gelo] durante o ano, então em qualquer um dos polos é possível que no próximo ano haja mais ou menos gelo do que o registrado neste ano", disse Parkinson.